A Profissão

Sobre a Fisioterapia 

É o conjunto de técnicas usadas no tratamento e na prevenção de doenças e lesões. O fisioterapeuta previne, diagnostica e trata disfunções do organismo humano causadas por acidentes, má-formação genética ou vício de postura. Para isso, usa métodos como massagem e ginástica, com a finalidade de restaurar e desenvolver a capacidade física e funcional do paciente. Também faz tratamentos à base de água, calor, frio e aparelhos especiais. Além de ajudar na recuperação de pacientes acidentados e portadores de distúrbios neurológicos, cardíacos ou respiratórios, trabalha com idosos, gestantes, crianças e portadores de deficiência física ou mental. Pode atuar em clubes esportivos, hospitais, centros de reabilitação e em clínicas de fisioterapia e ortopedia. Em empresas, trabalha com a prevenção de acidentes de trabalho e com a correção postural dos funcionários. Em escolas, corrige e orienta a postura de crianças, jovens e adultos.
 
O mercado de trabalho
Tramita no Congresso um projeto para que o fisioterapeuta seja incluído nas equipes do Programa Saúde da Família. Se aprovado, ainda que em caráter não obrigatório em todas as equipes pelo país, deve aumentar o número de vagas para esse profissional, que, atualmente, tem seu principal empregador em clínicas especializadas e hospitais. Ele é admitido para cuidar de pacientes críticos em unidades de terapia intensiva e de doentes em enfermarias e ambulatórios. Para isso, precisa dominar conhecimentos e técnicas nas áreas respiratória, neurológica e músculo-esquelética. A atuação do fisioterapeuta também vem crescendo no campo da estética, no qual ele lida com tratamentos para celulite e recuperação de pacientes que se submeteram a cirurgia plástica. Outros nichos como a geriatria (cuidado com idosos) e a saúde do trabalho oferecem boas oportunidades para o fisioterapeuta. "Tenho visto a expansão da fisioterapia dermato-funcional crescer bastante nas grandes capitais, especialmente do Sul e Sudeste", afirma Gisele de Cássia Gomes, coordenadora do curso da UFMG. Nesse caso, o profissional utiliza técnicas manuais e outras, como eletroterapia, para tratamentos estéticos. A especialidade em acupuntura é reconhecida há 25 anos pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, e, nesse caso, o profissional trabalha em clínicas ou em atendimento particular. No entanto, em clínicas, ainda é mais comum a atuação em problemas ortopédicos. Sudeste e Sul concentram a maior parte dos profissionais.  

Salário: R$ 1.800,00 a R$6.000,00 em média. 

O curso 

As disciplinas das ciências biológicas e da saúde constituem a base do currículo. Assim, espere muita aula de biologia, anatomia, fisiologia, patologia e histologia, principalmente no primeiro dos quatro anos de curso. Você estuda saúde pública, recursos terapêuticos manuais, neurologia, ortopedia e traumatologia. A partir do segundo ano, aumenta a carga de aulas práticas, nas quais se aprendem técnicas de tratamento como a massoterapia (massagem), termoterapia (aplicação de calor ou frio) e hidroterapia (por meio da água). O estágio é obrigatório no último ano e, normalmente, feito em clínicas das próprias faculdades ou em hospitais conveniados. Para concluir o curso, também é obrigatória a elaboração de um trabalho sob orientação de um professor.
Duração média: quatro anos.


O que faz o fisioterapeuta? 
Atendimento domiciliar: Tratar pacientes que necessitam de cuidados mais intensivos, mas que não têm indicação para internação hospitalar. 

Cardiologia e pneumologia: Cuidar de pacientes nas fases pré e pós-operatória. Prevenir e tratar doenças respiratórias e cardíacas, além de reabilitar doentes, prescrevendo e aplicando exercícios ligados aos aparelhos respiratório e circulatório. 

Estética: Aplicar técnicas como massagens em pacientes pós-cirurgia plástica e pós-cirurgia de recuperação da mama. 

Fisioterapia do trabalho: Prevenir e tratar doenças relacionadas com o trabalho, como as lesões causadas por esforço repetitivo (LER). 

Fisioterapia esportiva: Prevenir e reabilitar lesões em atletas e em praticantes de atividades esportivas. 

Grupos especiais: Estimular os músculos de quem sofre limitações de movimento, como idosos e portadores de deficiência física. Indústria de equipamentos. Pesquisar, desenvolver e testar equipamentos para uso em terapia. 

Neurologia adulta: Auxiliar na reabilitação dos pacientes que tiveram derrame cerebral, paralisias e traumatismos de coluna e crânio. 

Neurologia pediátrica: Auxiliar na reabilitação dos portadores de patologias e síndromes típicas de criança, como paralisia cerebral e síndrome de Down. 

Ortopedia e traumatologia: Acelerar a recuperação de movimentos e reduzir dores de pacientes com fraturas, traumas ou luxações. Prevenir e reabilitar lesões da coluna vertebral e das articulações causadas por postura incorreta ou esforço repetitivo. 

Programa de Saúde da Família: Prevenir e tratar doenças e reabilitar pacientes em unidades básicas de saúde e em domicílio. 

Terapia Intensiva: Tratar pacientes críticos internados em UTIs, aplicando técnicas para reabilitação respiratória, neurológica e do aparelho músculo-esquelético. 
Fonte: Guia do Estudante